Caderno de viagens e outros rabiscos

Título: Caderno de viagens & outros rabiscos

Editora: Dois Por Quatro

Formato: 14 x 21 cm

148 páginas

Peso: 240g

Um livro fora de série

O leitor vai encontrar em “Caderno de viagens & outros rabiscos” cinco crônicas deliciosas, com a fina ironia de quem domina como poucos o gênero literário. Além disso, esta obra singular reproduz em fac-símile 92 páginas de anotações de viagem feitas pelo autor nos mais diferentes momentos, em lugares do Brasil e de outros países, entre 2013 e 2023.

“São memórias da vida ao lado dos amigos queridos, de pessoas conhecidas e até de desconhecidos”, explica Hermes Rocha. O papel do autor neste trabalho foi colher as impressões de gente que ele encontrou pelo caminho. O leitor participa dessa experiência como um arqueólogo que explora o terreno em busca de vestígios do passado e tenta desvendar o significado de alguns desenhos e escritos que se conectam entre si, num grande emaranhado de frases.

São cinco os “causos” contados por Hermes Rocha: “A bicharada”; “A bonitinha de Ubatuba”; “Perdido na Serra”; “Perigo e cuidado” e “Santinha e Jurandir”, todos verídicos. “Apenas os nomes dos personagens foram trocados, o resto é tudo verdade”, garante o autor. Algumas das histórias aconteceram em Florianópolis, a exemplo de “Santinha e Jurandir”, que se passa em meados do século passado, quando ainda operava na Ilha o estaleiro Arataca e o navio Carl Hoepcke, vapor misto para passageiros e cargas, atracava na baía sul, no cais Frederico Rolla, de onde partia regularmente para Santos e Rio de Janeiro. É nesse cenário romântico da Ilha dos anos de 1940 que se desenrola um belo caso de amor, que por pouco não acabou em tragédia, mas que virou disse-me-disse por toda a cidade, deixando o pobre marido de Santinha na maior tristeza.

Ele se define como um paulista por nascimento, curitibano por destino e manezinho da Ilha por opção. Contador por formação, Hermes Alves Neves da Rocha, hoje aposentado, trabalhou por muitos anos analisando balanços e a situação financeira das empresas, especializou-se em auditoria e se tornou consultor de grandes grupos. Foi em busca de leituras menos áridas que ele encontrou na boa literatura e nos livros de viagens um refúgio para o tédio das demonstrações financeiras. Neste seu livro de estreia, Hermes Rocha comprova a tese de que “quem bem lê, bem escreve”.