História natural da Ilha de Santa Catarina: O códice de Antônio José de Freitas Noronha

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História natural da Ilha de Santa Catarina: O códice de Antônio José de Freitas Noronha

Autores: Marli Cristina Scomazzon, Jeff Franco, Daniel de Barcellos Falkenberg

ISBN 978-85-7474-988-4
Páginas: 112 il.
Peso: 337g
Ano: 2017

O madeirense Antônio José de Freitas Noronha (1744-1814) aportou na Vila de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina aos sete anos de idade, em 1751. Cinquenta anos mais tarde, já como Capitão do Regimento de Linha, recebeu ordem do então Governador para produzir um estudo sobre a flora local, num tempo em que a botânica brasileira dava seus primeiros passos. Surgiram então aquarelas de plantas frutíferas, muitas já extintas, seus nomes e anotações. Porém, este precioso e surpreendente trabalho jamais foi divulgado, permanecendo praticamente como um tesouro oculto, e, agora, dois séculos depois, com esta publicação transforma-se em um inédito livro.

Noronha oferece 3 tipos de informação para se tentar identificar cientificamente as plantas que relacionou como frutíferas aqui: I) um nome popular, II) uma pequena descrição (em geral com altura da planta e forma de uso do seu fruto, mais comentários eventuais sobre outros aspectos variados) e III) uma gravura que ilustra uma planta inteira ou um ramo com fruto(s), bem esquemática e com variável nível de detalhes.

Prefácio

História, Arte e Natureza

Os séculos XVIII e XIX correspondem à época de grandes circunavegações para conhecimento de novas terras e, consequentemente, uma grande explosão de descobertas sobre a natureza ainda desconhecida do Brasil. Em geral estas viagens eram cuidadosamente organizadas e o fruto das pesquisas publicado em enciclopédias especiais ou naturalistas.

A Ilha de Santa Catarina era parada obrigatória para quem se dirigia ao Pacífico, pelo bom clima e quantidade de frutos frescos disponíveis, ou mesmo para se “evitar as formalidades”. Muitas vozes ecoam quando olhamos para o passado da Ilha de Santa Catarina (vide Desterro − Ilha de Santa Catarina, de G. Gerlach).

Nicole Le Febvre fora talvez o primeiro europeu a pesquisar a fauna e flora catarinense, em 1504, na expedição de Binot Paulmier de Gonneville. Trabalho este que viria a naufragar e ir para o fundo do mar, como aconteceria mais tarde, em 1833, com toda a pesquisa feita pelo naturalista franco-suíço, Michel César-Hyppolite Bacle.

Mas outros relatos sobreviveram e chegaram aos nossos dias. Com relação à Ilha de Santa Catarina, no século XVIII, tomamos conhecimento da narrativa de Frézier (1712), com desenho e análise de um ramo do algodoeiro; Frei Agostinho de Sta. Maria (1722) falava da existência de ostras gigantes que serviam de bacia para lavar os pés do Bispo; Anson (1740) comentava as mais variadas frutas que abundavam na Ilha; Courte de La Blanchardière (1747) descrevia o sabor delicioso do Cuscuz, produzido da mandioca, “o pão deles de cada dia…”; Bougainville (1763), com seu naturalista dissertando a primeira e mais extensa narrativa da História Natural da Ilha; e, La Pérouse (1785) que, além de preciosas observações, apresentava ao Novo Mundo, na Ilha de Sta. Catarina, as novas invenções científicas (Lanterna Mágica etc).

Humanidade sem história é como se não tivesse passado. Resgatada, um tesouro ganha vida. Os autores, Cristina & Jesse, agora nos apresentam a obra de Noronha (1803), até então, um desconhecido neste roteiro. São 38 aquarelas de frutas com seus nomes populares, feitas pelas mãos deste autor, em notas manuscritas nos originais, com a tradução paleográfica de Neusa Maria Schmitz e cuidadosa apreciação e identificação pelo nome científico quando possível e da família a qual pertence, pelo botânico taxonomista Daniel Falkenberg.

O português Antonio José de Freitas Noronha aportou na Cidade do Desterro ainda criança, em 1751, fugindo da fome das Madeiras, na mesma época em que outras levas de açorianos chegavam à Ilha e também no Continente onde fundaram a póvoa de São José. Cinquenta anos depois, Noronha já tinha a patente de Capitão quando recebe a incumbência do então Governador da Ilha, Coronel Joaquim Xavier Curado, de apresentar um estudo da flora local. Antonio Noronha viria a falecer na Vila do Desterro em 1814, aos 70 anos de idade.

O belo resultado da montagem deste livro – História Natural da Ilha de Santa Catarina: o Códice de Antônio José de Freitas Noronha − tornam agora conhecidas estas aquarelas de plantas frutíferas muitas vezes desenhadas em pequena escala, algumas nativas e bem conhecidas (amora, araçá…), outras exóticas cultivadas (mamão, goiaba), e mesmo plantas duvidosas… O leitor poderá fazer uma grande viagem interpretativa por entre os desenhos de Noronha e os comentários de Falkenberg. Muitas questões se abrem com o relançamento destas aquarelas do início do seculo XIX, 1803, no momento em que chegava à Ilha a expedição russa comandada por von Krusenstern onde o naturalista von Langsdorff descrevia em 21 páginas a História Natural da Ilha.

Alice da Cruz Lima Gerlach, Bióloga, Doutoranda em Botânica. Genebra, fev. 2017

Autores:

Daniel de Barcellos Falkenberg – mestre e doutor em Botânica, professor do Departamento de Botânica da UFSC desde 1984.

Jeff Franco – atualmente reside no exterior.

Marli Cristina Scomazzon – jornalista, membro do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina, medalha mérito cultural “Cruz e Souza”, 2016.

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