A palavra: a arte da conversação e da oratória

• Título: A palavra: a arte da conversação e da oratória
• Autor: Nereu Corrêa
• Formato: 16 x 23 cm
• Número de páginas: 208
• Editora: Dois Por Quatro
• Ano: 2023
• Edição: 3ª
• Revisão: Teca Mascarenhas

APRESENTAÇÃO

Esta reedição de A palavra: a arte da conversação e da oratória, uma das obras mais importantes de Nereu Corrêa, vem preencher um espaço vazio há muito tempo sentido pelo mundo acadêmico catarinense do qual ele foi um dos mais importantes entre os seus cultores. É uma obra sempre atual. Trata da arte da retórica e mostra sua evolução ao longo dos tempos e os mais diversos estilos que marcaram os grandes oradores desde a antiguidade até nossos dias.

Muitos nascem vocacionados para a oratória, mas o seu aprimoramento, como em todas as artes, é indispensável e é disso que trata esta magnífica obra, à qual Nereu Corrêa dedicou boa parte de sua vida, registrando suas experiências e trazendo depoimentos de importantes oradores.

Ele próprio foi um orador primoroso e não se limitou a usar a arte retórica simplesmente do jeito que a recebeu como dom natural; aprimorou-a. Foi assim, enriquecido de todo o material que pesquisou ao longo da vida, que ele escreveu A palavra: a arte da conversação e da oratória, que agora é reeditada, e que vem sendo reconhecida, desde a primeira edição, como das mais destacadas obras sobre o assunto. Para complementá-la, depois de mostrar o artesanato do orador e de revelar como utilizar suas ferramentas na arte da retórica, ele entrevistou grandes tribunos de seu tempo, como João Neves da Fontoura, Afonso Arinos de Mello Franco, João Lyra Filho, Plínio Salgado, entre tantos outros.

Para Nereu Corrêa, a oratória é uma arte que precisa ser constantemente aprimorada, por considerar que “o orador não nasce feito – é preciso criá-lo. Claro está que na categoria de bons oradores não se pode excluir o talento natural, isso que ordinariamente se chama ‘vocação’ – a coisa que vem do berço. Mas essa história de vocação – não sabemos por que caprichos da natureza – guarda certa analogia com a história dos diamantes... que mesmo depois de descobertos, após demoradas e pacientes rebuscas nas lavras diamantíferas não dispensam o trabalho do lapidário, que liberta pela clivagem os raios luminosos que se ocultavam no âmago da crosta. Só então é que elas irão habitar o colo das damas elegantes, a coroa dos reis ou a curva rutilante dos relicários. Assim é também o talento da oratória”.

Mais de meio século depois de publicada a primeira edição, a obra continua atual e de leitura obrigatória para todos os que usam a palavra como meio de comunicação e revelação de suas ideias.

UMBERTO GRILLO