Vendedor-viajante: as incríveis histórias de Osny Serpa

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Título: Vendedor-viajante: as incríveis histórias de Osny Serpa
Autor: Fernando Evangelista
Editora: Dois Por Quatro
Ano: 2024
186 páginas
Formato: 16 x 23 cm
ISBN: 978-65-88812-65-5


PREFÁCIO

Gente que vai em frente e supera desafios

A rua São Bento está longe de ser uma das mais charmosas ou glamurosas de Blumenau. Mas as casas simples de madeira, cheias de colorido, misturando-se ao longo de algumas maiores, de alvenaria, mantém nela o mesmo jeitinho de vila operária de décadas atrás.

Após a inauguração da ponte José Ferreira da Silva – peça principal do conhecido Anel Viário Norte –, em 17 de outubro de 1976, tornou-se mais procurada por quem chega ou sai da cidade. A população blumenauense hoje passa de 361 mil pessoas, e já há quem a situe a São Bento na região central do município. 

Ainda abriga famílias simples. Gente trabalhadora que, se não tem muitas posses, vai em frente e supera desafios com a cabeça erguida. E foi ali mesmo, na altura onde estão hoje as propriedades de número 575, 579 e 601, que se criou e viveu o homem cuja história – bem como estórias e causos – está registrada neste livro.

Osny Serpa é uma pessoa que tenho o prazer e a honra de conhecer desde que nasci, ainda na maternidade. Como ele sempre me lembra, fui o primeiro a chamá-lo de “tio”. Meu tio mais velho, Osny é alguém com quem se aprende muito, em qualquer situação.

Especialmente quando o assunto é vendas. Desde jovem teve o tino para negócios, tornando-se ainda muito novo um representante campeão de vendas da Sulfabril S/A. Não apenas vendia muito, como entendia os pequenos detalhes, a dinâmica da venda, da compra e da negociação, o que o cliente queria.

Observava o que acontecia e registrava na mente. A mente inquieta sempre estava alerta a novas oportunidades e mudanças do mercado. Assim, conheceu o Brasil. Num tempo em que a logística era em tudo precária. As rodovias nem pavimentadas eram, os ônibus intermunicipais uma raridade longe dos grandes centros – quem dirá os aviões. 
Encerrada a trajetória que o unia à grande indústria do bairro Vorstadt, chega outro desafio: não apenas vender, mas também produzir itens de vestuário. Neste momento surge um novo capítulo para o biografado, e um novo título. Tornou-se o Rei das Camisetas.

A tenacidade profissional se apegava também a sua facilidade de comunicação e sua natureza gregária. Fazer amigos, para ele, é algo tão simples e natural como vender. O mais curioso é que um Osny, o profissional de vendas, é absolutamente sério, compenetrado, atento aos números e metas. Chega a ser aborrecido! O outro, que preza a companhia dos amigos aos fins de semana e nos momentos de lazer, é totalmente o oposto: alegria pura, descontração e bom humor.

É chocante o contraste entre os dois Osnys, o do trabalho e o da descontração. Mas a verdade é que eles se complementam. Sobretudo na curiosidade incessante pelas coisas e pelas pessoas. Em conhecer gente nova, novos lugares, novas oportunidades pessoais e profissionais. O filho único do seu Zé Serpa e da vó Aguida, curiosamente, não nasceu para ficar sozinho e solitário. Gosta de companhia, e de estar junto de vários amigos.

Desde pequeno, para mim era uma diversão só passar os dias com o tio, um dos maiores pregadores de peças em atividade pelos lados do litoral catarinense. Brinquedos e bonecos irreverentes estavam lado a lado das fotos com os amigos e as mais diversas celebridades. Posando com o maior jogador de futebol de todos os tempos, Osny Serpa está irremediavelmente sério. O risonho Pelé é que parece um fã tomando o tempo do ídolo!

Timidez e acanhamento, garanto, são palavras que o homem não conhece! Faz amigos num posto de gasolina, num restaurante indiano em Manhattan, num mosteiro da Alemanha e na areia da Praia Central de Balneário Camboriú com a mesma rapidez. 
Não faltaram também dificuldades. O ano de 1983 foi particularmente difícil, com a viuvez e as grandes cheias. São duas lembranças impactantes também em minha infância. Tenho até hoje uma memória fotográfica da edícula onde se faziam os churrascos da residência Serpa. Descia-se um lance de escadas para chegar ao local, às margens do rio Itajaí-Açu.

O rio não quis saber se aquele puxadinho, caprichosamente decorado com muitas fotos e os mais irreverentes enfeites, tinha proporcionado inúmeros momentos de diversão e de alegria. O local simplesmente sumiu. A água levou tudo, assim como uma grande porção do terreno dos Serpa. Pior: passados 25 anos, outra grande catástrofe trouxe outras perdas, novos prejuízos.
Muitos homens e mulheres certamente não conseguiriam dar a volta por cima, tão fragilizados e mergulhados na tristeza. Mas não o Osny. Reergueu-se, refez a vida e continuou surpreendendo o mundo.

Não foi por acaso que, desde a primeira edição da Oktoberfest, em 1984, foi sempre um dos entusiastas da festa que simbolizou a reconstrução de Blumenau e da alma do blumenauense após duas grandes enchentes.

Até hoje, é reconhecido pelas ruas como o “Doutor Blumenau” e lembrado pelos bichinhos que desfilavam junto com ele e Claudia, a companheira de todas as horas. Porquinhos, patos e um verdadeiro mar de pintinhos amarelos percorriam a rua XV de Novembro junto ao casal de “colonos”, fazendo a alegria sobretudo da criançada.

Escrito com maestria pelo jornalista Fernando Evangelista, este livro começa contando a história da vida do biografado, partindo então para os saborosos causos relembrados por sua prodigiosa memória. A facilidade para vender e conquistar os clientes também não é esquecida. Esta obra, pode acreditar, serve até como um tutorial de vendas.

Acima de tudo, é o retrato de um personagem, de Blumenau e, por que não, de Santa Catarina. As transformações na vida de Osny têm como pano de fundo uma cidade e uma economia que prosperam, criando oportunidades para quem chega em busca de uma nova vida, como o jovem Zé Serpa, e para aqueles que aqui nascem e se criam, como o seu filho.

O drama das enchentes, as mudanças políticas – atraído pelas disputas partidárias, o biografado teve seu período de cabo eleitoral – e sociais, o advento da tecnologia e da globalização econômica, bem como seu impacto no dia a dia dos blumenauenses, também aparecem aqui e lá nestes capítulos, situando o seu personagem principal num mundo em constante transformação.

Mas chega de apresentações. Agora, é o momento de mergulhar na leitura e conhecer as histórias de Osny Serpa, Rei da Camiseta, confidente dos padres alemães e presidente vitalício do Capivara Freundschaftsverein!

Boa leitura!
Renê Müller
Jornalista

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